terça-feira, 17 de março de 2009

Desafio de Escrita Criativa

Num encontro com uma escritora, chamada Rita Vilela, na escola, ela lançou-nos um desafio: continuar uma história. A parte escrita por nós aparece a roxo.

As duas luas tocaram-se no céu. Era a hora marcada para o encontro. A anciã olhou em volta, constatando mais uma vez que a enorme clareira estava vazia.Todos tinham sido avisados, o assunto era da maior importância... porque não aparecia ninguém?
E então eles começaram a chegar, cada um trazendo um relato diferente sobre as dificuldades e os perigos que tinha enfrentado para chegar até ali.
Uns falavam muito, outros quase nada...


Uns gémeos roxus desculparam-se com uma história quase fictícia:
-Quando passámos pelo território sangui, os anciões pareciam possuídos pelo diabo. Estávamos muito bem a passar numa cidade comercial, quando um habitante nos tirou o capuz que escondia a cor do nosso cabelo. Entretanto, chamaram “reforços”. Utilizámos alguns dos nossos feitiços de defesa e fugimos para o meio da floresta. Estávamos a descansar, sentados numa pedra quando chegaram os guardas sangui.

Desta vez, embora tentássemos escapar, os nossos poderes não nos serviram de nada.
-E imaginem, tentaram seduzir-nos à escravidão! E matar-nos, entquanto tentávamos fugir pela primeira vez. Mas, passadas umas horas, um outro roxu que passou, disfarçado, ajudou-nos a fugir. Mas não foi só isto... os sangui vieram atrás de nós, mas fugimos numa quimera, que invocámos. Quando pensávamos que já estávamos a salvo, os sangui montaram os seus grifos e começou a perseguição. A diferença era que eles tinham armas e a nós só nos restavam alguns feitiços e a esperança de que a quimera aguentasse. Finalmente, despistámo-los ao pé das fronteiras montanhosas. Em seguida, tratámos da quimera, que estava ferida e dirigimo-nos aqui.



A posição das luas, já perto do solo, indicava que o dia não tardaria a nascer. Cada momento contava, agora... Não poderiam permanecer reunidos por muito mais tempo. O grupo dispersou.
De novo sozinha, a anciã reflectiu sobre o que se passara nessa noite. Todos aqueles atrasos não podiam ser coincidência. Os deuses não deveriam desejar que se tomassem medidas. Cabia-lhe a ela decidir o que fazer: respeitar a vontade deles... ou tentar, apesar de tudo.

Dinis Costa / Jaime Henriques
E.B.I de São Bruno

2 comentários:

Anónimo disse...

muito bem inventada,merecem um grande aplauso!

Dinis e Manel disse...

obrigado madalena.