domingo, 22 de agosto de 2010

Parlamento de Jovens

Nos dias 24 e 25 de Maio, a Escola Básica Integrada de São Bruno, de Caxias, foi, juntamente com outras duas, representar o distrito de Lisboa na sessão nacional do Parlamento dos Jovens, tendo como tema este ano a Educação Sexual. Foram, como deputadas, a Mariana Laborinho e a Mariana Oliveira, como jornalista o Dinis Costa e as professoras Ana Madeira e Marlene Lucas como acompanhantes.



No primeiro dia, tiveram lugar as comissões, para decidir, em grupos de sete distritos/regiões, as medidas a propor na sessão nacional. A nossa comissão decorreu na sala 8, e nela participaram os distritos de Aveiro, Guarda, Lisboa, Leiria, Bragança, Faro e o Ciclo de Fora de Europa, vindo de uma escola em Macau. Algumas das medidas propostas nessa comissão foram:

• Promoção de um gabinete para esclarecimento de dúvidas sobre este assunto em cada escola, com professores e sexólogos de ambos os sexos, no qual há distribuição de métodos contraceptivos;

• Realização de sessões de esclarecimento nas escolas;

• Criação de um site com um “conselheiro virtual”, em que os alunos expõem as suas dúvidas anonimamente e são esclarecidos por técnicos;

• Disponibilização de formações para Encarregados de Educação, para a percepção dos problemas dos seus Educandos.

Enquanto decorriam as comissões, os jornalistas e os professores foram fazer uma visita guiada ao parlamento. A guia disse que o Parlamento tinha sido, anteriormente, um Mosteiro Beneditino.

Ficou-se a saber também que a Sala dos Passos Perdidos tem esse nome porque, antes dos meios de comunicação à distância, como o telefone, os jornalistas esperavam nessa sala, durante horas, até que alguma pessoa que quisessem entrevistar passasse, e por isso andavam para cá e para lá, para passar o tempo. Essa sala é decorada com quadros originais de Bordalo Pinheiro, muito valiosos e representativos da arte portuguesa. Estes quadros estão divididos pelos dois lados da sala, porque uns são “antes da Revolução Liberal” e outros são “depois da Revolução Liberal”. A Sala dos Passos perdidos foi recuperada, depois de um incêndio em 1895, por Ventura Terra.

Quando se entrou na Assembleia da República, a guia disse que ali se sentavam 230 deputados, que haviam seis câmaras que filmavam as sessões, incluindo uma no tecto, que a Assembleia da República “legisla e verifica” e explicou que além das sessões que ali havia, os deputados tinham comissões parlamentares e reuniões com os grupos parlamentares e com o eleitorado. Também disse onde é que os órgãos parlamentares ficavam sentados durante as sessões.



Nesse dia houve também um concerto de Gospel na Sala do Senado.


Todas as refeições do primeiro dia foram servidas nos Claustros.

Passámos essa noite no INATEL, em Oeiras, em quartos de quatro pessoas, com colegas de outras partes do país.

No segundo dia, decorreu, na Sala do Senado, a sessão nacional do Parlamento dos Jovens, para decidir as medidas que iam fazer parte do texto final. Nessa sessão a mesa foi constituída por:

• Presidente (Joana Vivas)

• Vice-Presidente (Marta Neves)

• 1.º Secretário (Carlos Domingues)

• 2.ª Secretária (Telma Casaca)

Nessa sessão estiveram os deputados José Luís Ferreira, do PEV, Rita Rato, do PCP, Ana Drago, do BE, Michael Seufert, do CDS-PP, Amadeu Albergaria, do PSD e Nuno Araújo, do PS. Na primeira parte da sessão, estes deputados responderam a perguntas feitas pelos porta-vozes de cada ciclo. Algumas das perguntas foram:

• Pergunta: As escolas estão a ser prejudicadas pela crise económica?

Resposta: Não, a Educação não está a sofrer cortes.

• Pergunta: Qual é a sua opinião relativamente à fraude no rendimento social de inserção?

Resposta: Acho que não devia haver fraude no rendimento social de inserção porque é um rendimento para as pessoas viverem com dignidade e quem o desrespeita deve ser penalizado.

Na segunda parte da sessão, decidiram-se as medidas que fizeram parte do texto final, que foram as seguintes:

1. Existência de um gabinete fixo ou móvel de atendimento aos jovens, orientado por alguém especializado na área, com os objectivos de informar e clarificar dúvidas, efectuar rastreios e distribuir contraceptivos.

2. Funcionamento de um gabinete multidisciplinar de apoio ao aluno, constituído por um grupo organizador e coordenador de um plano promotor de educação sexual constituído por Professores, Coordenador(a) da Educação para a Saúde, Psicólogo(a), de acordo com a especificidade de cada situação.

3. Organização de palestras e actividades ao longo do ano lectivo, para a promoção da saúde, de modo a mudar mentalidades, não só de alunos mas também dos intervenientes na sua educação (pais, professores, etc.), com a sua formação.

4. Sugerir às escolas a criação de ateliers/oficina (já existentes) mas com o tema “a educação sexual”, que pretende dinamizar múltiplas actividades, entre as quais: organização de campanhas de sensibilização, promoção de espectáculos sobre o tema, palestras orientadas por especialistas nesta área, visitas de estudo a centros de saúde e acolhimento, criação de blogs e artigos para o jornal da escola.

5. Abordagem pedagógica de temas da sexualidade humana, feita em contextos curriculares, mas em áreas não disciplinares (Área de Projecto de Formação Cívica, privilegiando o espaço turma e as diferentes necessidades dos jovens.

6. Garantir o direito de cada aluno em aceitar ou recusar a educação sexual apresentada pelas escolas.

7. Intercâmbio entre escolas para partilha de experiências/informações, incluindo debates e um concurso intitulado “Sexualidade Segura”, com espectáculos de expressão corporal, sendo o prémio a gravação de um anúncio com uma figura pública, apelando a uma sexualidade consciente e saudável.

8. Implementação de um programa regional subordinado à temática adolescência/sexualidade, envolvendo sessões de esclarecimento para pais/encarregados de educação e filhos/educandos.

9. Implementação do Dia Nacional da Sexualidade Juvenil, com o objectivo de interagir com a sociedade, alertando e sensibilizando jovens e adultos para esta questão. Para o efeito, criaríamos um encontro de jovens a nível regional, no qual existiriam bancas, workshops e palestras. O Dia seria o mesmo a nível nacional, mas num dia diferente do dia de combate à SIDA, 1 de Dezembro.

Na conferência de Imprensa, os jornalistas tiveram a oportunidade de fazer algumas perguntas a um deputado, tais como:

• Pergunta: O que acha deste projecto que é o Parlamento do Jovens?

Resposta: Acho que é um bom contacto com a política e gosto de ver a maneira séria, profissional e responsável como participam neste projecto, e aprendo muito com vocês.

• Pergunta: O que acha do tema deste ano, no Parlamento dos Jovens?

Resposta: Acho que é pertinente. Reveste-se com o combate a muitas matérias.

• Pergunta: O que acha do investimento de Portugal na Educação?

Resposta: Um povo pouco instruído é um povo submisso, por isso deve-se investir muito na Educação. Sejamos pobres ou ricos, é sempre melhor sermos instruídos, e por isso o Estado tem que arranjar dinheiro para investir na Educação.

• Pergunta: O que é que acha que está na origem do insucesso escolar?

Resposta: Acho que os conteúdos dos programas não estão adaptados para estes tempos.

• Pergunta: O que acha quanto à promoção dos produtos nacionais?

Resposta: Os produtos nacionais não se devem impor por serem nacionais, mas pela sua qualidade.

Todos gostámos desta experiência e esperamos vir a repeti-la no próximo ano.



Democracia não é debater e votar, democracia é sermos todos cidadãos!

Rita Rato

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Chegou o Outono

As folhas caem,
As andorinhas partem,
A escola começa
E o frio regressa.

O Outono começa,
Quando acaba o Verão,
Até então pouco chove,
Pouco chove até então.

Esta estação é calma,
Além disso é sossegada,
Há muitas folhas no chão,
Nesta época sagrada.

Nesta estação sagrada,
Há o dia de São Martinho,
Vendem-se castanhas assadas,
Pela rua, num carrinho.
Dinis Costa * 11/2009
Vendedor do prémio "Poesia de Outono"

O Natal

O Natal

No trenó do Pai Natal,
Estão Rodolfo e as outras renas,
Que vêem do Pólo Norte,
Para entragar as prendas.

A época natalícia,
É muito familiar,
O no dia de Natal,
Este vão festejar.

Come-se bacalhau,
Na véspera de Natal,
Nesse jantar de família,
Tradicionalmente anual.

A árvore de Natal,
Faz-se tembém em família,
E todos os anos é enfeitada,
Com a máxima alegria.

Dinis Costa * 12/2009

terça-feira, 28 de julho de 2009

Para quem quiser, estão aqui partituras de standards de jazz, com cifras.






quinta-feira, 30 de abril de 2009

Um desafio de escrita creativa

E agora, que tal um desfio?
Continuem este conto, se se atreverem...


O azeiteiro e o burro

Dois estudantes encontraram, numa estrada, um azeiteiro com um burro carregado de bilhas de azeite. Os estudantes estavam sem dinheiro; por isso, decidiram roubar o animal. Enquanto o pobre homem seguia o seu caminho, um deles tirou a *cabeçada do burro e colocou-a no pescoço. O outro estudante fugiu com o animal e a carga. De repente, o azeiteiro olhou para trás e viu um rapaz em vez do burro.

Nesse momento, o estudante exclamou: «Ah! senhor, quanto lhe agradeço ter-me dado uma pancada na cabeça! *Quebrou-me o encanto que durante tantos anos me fez ser burro!...» O azeiteiro tirou o chapéu e disse-lhe: «Afinal, o meu burro estava enfeitiçado! Perdi o meu *ganha-pão! Peço-lhe muitos perdões por tê-lo maltratado tanta vez - mas que quer? - o senhor era muito teimoso!»

- Está perdoado, bom homem! - disse o estudante. O que lhe peço é que me deixe em paz.

O pobre azeiteiro lamentou-se porque já não podia vender o azeite. Então, foi pedir dinheiro a um compadre para ir à feira comprar outro burro. Quando lá chegou, viu um estudante a vender o seu burro. O azeiteiro pensou que o rapaz se tinha transformado, outra vez, num animal! Aproximou-se do burro e gritou com toda a força: «Olhe, senhor burro, quem o não conhecer que o compre».

Conto Tradicional Português recolhido por Adolfo Coelho

segunda-feira, 23 de março de 2009

Instrumentos musicais chineses

Instrumentos musicais chineses



pipa


orgão de boca

sino

flauta


(violino chinês)

terça-feira, 17 de março de 2009

Desafio de Escrita Criativa

Num encontro com uma escritora, chamada Rita Vilela, na escola, ela lançou-nos um desafio: continuar uma história. A parte escrita por nós aparece a roxo.

As duas luas tocaram-se no céu. Era a hora marcada para o encontro. A anciã olhou em volta, constatando mais uma vez que a enorme clareira estava vazia.Todos tinham sido avisados, o assunto era da maior importância... porque não aparecia ninguém?
E então eles começaram a chegar, cada um trazendo um relato diferente sobre as dificuldades e os perigos que tinha enfrentado para chegar até ali.
Uns falavam muito, outros quase nada...


Uns gémeos roxus desculparam-se com uma história quase fictícia:
-Quando passámos pelo território sangui, os anciões pareciam possuídos pelo diabo. Estávamos muito bem a passar numa cidade comercial, quando um habitante nos tirou o capuz que escondia a cor do nosso cabelo. Entretanto, chamaram “reforços”. Utilizámos alguns dos nossos feitiços de defesa e fugimos para o meio da floresta. Estávamos a descansar, sentados numa pedra quando chegaram os guardas sangui.

Desta vez, embora tentássemos escapar, os nossos poderes não nos serviram de nada.
-E imaginem, tentaram seduzir-nos à escravidão! E matar-nos, entquanto tentávamos fugir pela primeira vez. Mas, passadas umas horas, um outro roxu que passou, disfarçado, ajudou-nos a fugir. Mas não foi só isto... os sangui vieram atrás de nós, mas fugimos numa quimera, que invocámos. Quando pensávamos que já estávamos a salvo, os sangui montaram os seus grifos e começou a perseguição. A diferença era que eles tinham armas e a nós só nos restavam alguns feitiços e a esperança de que a quimera aguentasse. Finalmente, despistámo-los ao pé das fronteiras montanhosas. Em seguida, tratámos da quimera, que estava ferida e dirigimo-nos aqui.



A posição das luas, já perto do solo, indicava que o dia não tardaria a nascer. Cada momento contava, agora... Não poderiam permanecer reunidos por muito mais tempo. O grupo dispersou.
De novo sozinha, a anciã reflectiu sobre o que se passara nessa noite. Todos aqueles atrasos não podiam ser coincidência. Os deuses não deveriam desejar que se tomassem medidas. Cabia-lhe a ela decidir o que fazer: respeitar a vontade deles... ou tentar, apesar de tudo.

Dinis Costa / Jaime Henriques
E.B.I de São Bruno