Era uma vez há muito tempo num pais exótico e longínquo um homem de nome Abdul-ben-Fari, que era comerciante de tapetes na cidade de Abjul.
Vivia tranquilamente dos seus negócios, que lhe enchiam cada vez mais o cofre e lhe alegravam o coração. Era respeitado como um dos homens mais ricos da cidade e também, um dos mais felizes. Mas, num dos recantos do seu coração alegre (e não do seu cofre repleto), instalara-se um espinho de tristeza, que crescia e doía, às vezes.
Abdul-ben-Fari tinha um filho, Racib, quase um homem feito. Muito o preocupava Racib. Preocupava-o e afligia-o.
Que tristeza para Abdul-ben-Fari, quando espreitava o filho no armazém e o surpreendia a bocejar, sempre a contas com os infindáveis tapetes que era preciso desdobrar, escovar, limpar e voltar a dobrar, até que aparecesse um comprador que os levasse por mais do que eles valiam! Com que desgosto o pai de Racib via o seu único filho correr, mal fechava a loja, até à sombra de um jardim, para, de ouvido no chão, escutar o lento, progredir das raízes através da terra ou o erguer paciente dos caules em direcção à luz! E que estranha mania essa de contar as formigas de um carreiro, não sucedesse ter-se perdido alguma, desde a última vez que por lá passara ! E quem viu doidice igual à de se debruçar para dentro de um poço e pronunciar palavras sem fim, que o poço alongava, como uma boca cheia de ecos?
-Alá quis que eu tivesse um filho de cabeça ao vento - lamentava-se Abdul-ben-Fari. - Que hei-de eu fazer?
Mas os mestres de Racib tinham-lhe apreciado a inteligência, os vizinhos diziam-no bondoso e os clientes achavam-no amável.
- Talvez não tenha grande jeito para o negócio de tapetes - observavam alguns. – Mas isso que importância tem???
Tinha muita importância, imensa importância na conta de Abdul-ben-Fari. Se ele não estivesse sempre atento, o filho era capaz de vender um belo tapete de Cari-a-Chab como se fosse um trapo de esfregar candeias.
Ora isso tinha muita importância, pois então!
Um dia, depois de muito matutar, Abdul-ben-Fari chamou Racib, deu-lhe uma bolsa de dinheiro para as mãos e disse-lhe:
- Como me parece que não gostas deste negócio de tapetes, nem eu quero a minha ruína, toma este dinheiro para aplicares no negócio que preferires. Vai para outra cidade, faz o que achares conveniente. E daqui a um ano quero-te de volta com uma fortuna ganha por ti.
Lá foi Racib para outra cidade, de outra terra. Como é que iria arranjar-se? Que fazer com aquela pequena fortuna? A bolsa com o dinheiro do pai pesava-lhe muito , mas ele não se decidia.
- Talvez se eu vender água seja um bom negócio...
No dia seguinte, encheu dois depósitos de água pura, transportou-os para uma das ruas mais movimentadas da cidade e começou a apregoar:
- Quem quer gotas de água? Quem quer?
A sua voz cristalina soava alegremente, no meio dos pregões gritados pelos outros vendedores, mas ninguém queria gotas de água. Quando se aproximavam possíveis fregueses para encherem uma bilha, um barril ou um balde, Racib avisava-os:
- Quero que vejam a água a cair, gota a gota. Reparem como brilha ao sol umaúnica gota, vejam como se arredonda e se alonga até se desprender, deixando outra à espreita no seu rasto. E os círculos que abre ao cair...
Os clientes que viviam todos muito apressados e só tinham ideias de dinheiro e ganância na cabeça queriam lá saber destes pormenores. E iam-se embora, resmungando:- Este rapaz não tem a cabeça no seu lugar!
Nesse dia, Racib não fez negócio, nem no dia seguinte, nem nos outros dias. Talvez fosse mais feliz noutra cidade. E Racib correu muitas terras, tentando vender as gotas de água que ninguém queria comprar.- Vou mudar de negócio- decidiu , um dia.
Carregou duas grandes caixas de areia fina para as portas de uma cidade e começou a apregoar:- Quem quer grãos de areia? Quem Quer?
- Quanto pedes pelas duas caixas? – perguntou um homem que passava.- Só vendo um grão de cada vez, senhor. Repare que a areia, ao longe, parececinzenta. Mas cada mão cheia contém um milhão de grãos todos diferentes, Eu tenho nestas caixas grãos azuis, pretos, amarelos, brancos e transparentes. Tenho grãos azulados, rosados alaranjados... de que cor quer?
Mas o homem já se tinha ido embora, enfadado com aquele mercador de coisa nenhuma. Sim, era esse o nome que lhe davam nas cidades por onde passara:- Racib, «O Mercador de coisa nenhuma». Que valor tinham gotas de água e grãos de areia? Para que serviam?
Ninguém gastava o seu rico tempo e o seu rico dinheiro a comprar artigos tão insignificantes. E a voz de Racib perdia-se como gota de água no meio do mar ou grão de areia no deserto.- Vou mudar mais uma vez de mercadoria.
Instalou-se numa cidade, onde não era conhecido, e passou a vender sonhos.- Como fazes para ter sonhos à venda? – perguntou-lhe um grandesenhor, que o ouvira apregoar.
- Durmo , senhor – respondeu Racib.
- Quem me dera conseguir dormir... – respondeu o senhor. – Há tanto tempo que não consigo dormir e tanta falta me fazem os sonhos! Conta-me um dos melhores sonhos que sonhaste – pediu o senhor.
Racib contou um lindo sonho, uma longa história que começava no meio, voltava ao princípio e não tinha fim.
- Conta-me outro- pediu o senhor, deliciado.
Mais pessoas se tinham juntado à volta. Também elas queriam possuir um sonho só para elas, um belo sonho contado por Racib.
Teve sempre a casa cheia durante muitos meses tendo por isso ficado muito rico. E quando estava a expirar o prazo de um ano, que o pai lhe tinha dado, montou o seu camelo e, segurando firmemente uma pesada bolsa cheia de dinheiro, tomou o caminho de casa. Só não chegou a casa do pai, rico como o mais rico dos mercadores da Arábia, da Pérsia e da Turquia, porque no caminho, embalado pelo andar pausado do camelo, adormecera, sonhara e, durante o sonho, abrindo as mãos, deixara escorregar a bolsa com o dinheiro, que se perdeu no deserto. Mas vós, que lestes esta história sabeis que ele conseguiu porque também sonhastes.
“ O mercador de coisa nenhuma” de António Torrado
terça-feira, 30 de setembro de 2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Marquês de Pombal
Marquês de Pombal
Marquês de Pombal, de seu nome Sebastião José de Carvalho e Melo, foi o mais notável estadista do seu tempo, não só de Portugal como provavelmente de toda a Europa. “É o homem das grandes reformas económicas e educacionais, que coloca Portugal na preparação para a modernidade. É o grande reformador”, destaca o professor universitário José Medeiros Ferreira.
Nascido no seio de uma família fidalga, em Lisboa, no ano de 1699, frequentou o 1.º ano jurídico na Universidade de Coimbra, mas, dotado de um génio versátil e um insaciável desejo de poder, acabou por abandonar os estudos e dedicar-se à carreira militar.
Nessa fase, via na força das armas uma oportunidade para se destacar e alcançar algo positivo para Portugal. No entanto, depressa se desiludiu com a obediência que tinha de prestar à hierarquia militar e acabou por pedir a demissão. Foi a ponte para se entregar à vida ociosa: dedicou-se ao estudo da história, política e legislação. O sonho de fazer algo pelo país continuava vivo.
Assim, optou pela carreira diplomática. Em 1739 partiu para Londres e ali prestou relevantes serviços, demonstrando ter energia e inteligência. Homem de uma esperteza sem fronteiras, conseguiu “arrancar” ao ministério do duque de Newcastle muitas das isenções para os negociantes portugueses em Londres, iguais às que os negociantes ingleses tinham em Lisboa.
De Londres seguiu para Viena de Aústria como embaixador de D. João V. Vivia-se a época dos despotismos iluminados. A razão, a inteligência e os conhecimentos é que davam acesso ao poder. Todas estas viagens proveitosas conferiam ao diplomata novas experiências, sabedorias e ideias que, mais tarde, o fariam brilhar em Portugal. Ele “viu o que é viver lá fora, a perspectiva europeia, mais avançada”.
Já de regresso a Lisboa, em 1750, o novíssimo rei D. José nomeia-o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra.
O cardeal de Richelieu, de França, era o ideal do Marquês, que desejava consolidar o poder régio com o objectivo de introduzir alterações profundas no Estado. Rapidamente se torna no mais influente dos Secretários de Estado e toma medidas nas mais diversas áreas, algumas de grande alcance e visão.
Sem nunca ter perdido a ligação com a Europa, faz sempre questão de se rodear dos melhores em diversas áreas, nomeadamente na educação. Foi ele quem trouxe portugueses que estudaram nas universidades estrangeiras, reformando a Universidade de Coimbra, para adaptá-la aos novos tempos.
Foi o catastrófico terramoto de 1755 que lançou definitivamente Sebastião José de Carvalho e Melo na política nacional e o fez ficar popular até aos nossos dias.
No meio da destruição, do caos e do desespero, era preciso fazer algo: agora, já, ontem. Nisso foi bom! Agiu depressa - a bem ou à força. Reconstruiu Lisboa e provou a sua visão de modernidade.
Felizmente, o rei não o amputou do poder de decidir. Sabemos hoje que sem o Marquês de Pombal não haveria a Lisboa pombalina, não haveria a Baixa, cuja largura das ruas permite que o trânsito automóvel ainda hoje flua. E no seu tempo só havia carruagens.
É considerado o homem que mais marcou Lisboa.
Com o terramoto, vem ao de cima o génio organizador e a sua assombrosa energia. Esta é a verdadeira génese do seu imenso poder. Com a introdução de novos impostos e a reconstrução da capital, a par de inúmeras iniciativas, o rei D. José dispensa-lhe confiança cega, fomentando a inveja da alta nobreza.
Contudo, também teve momentos menos populares, relacionados com a violência de algumas das suas decisões. Esse é o lado pouco conhecido do Marquês de Pombal. Ele também foi um totalitarista.
Assumiu execuções públicas, como aconteceu com os Távoras, e dirigiu radicalmente na expulsão dos Jesuítas. É esta característica, típica dos déspotas da altura, que marca a imagem do estadista e dá azo a críticas, especialmente no que se refere ao combate aos religiosos, tendo em conta que os jesuítas deixaram uma marca impressionante um pouco por todo o mundo, muito ligada à formação e educação.
Feito conde de Oeiras em 6 de Junho de 1759 e marquês dez anos depois, por relevantes serviços ao reino, já tinha grande influência junto de todas as cortes europeias.
Portugal conseguia pôr-se a par das nações mais adiantadas, a nível organizacional, administrativo e jurídico. Sempre polémico mas decisivo, intervém também na indústria e na agricultura. “Sem ele não haveria a primeira zona de vinhos demarcada do mundo”, lembra o historiador Rui Afonso, fazendo referência à Companhia dos Vinhos do Alto Douro, que produzem o afamado vinho do Porto.
Contudo, com a morte de D. José, em Fevereiro de 1777, o poder do Marquês de Pombal caminhava a passos largos para o fim. E assim, rapidamente, foi destituído e desterrado para Pombal, sendo publicamente enxovalhado. Faleceu em 1782, sem um perdão consistente da rainha.
Apenas no século XIX é reabilitada a sua memória. Os seus restos mortais foram posteriormente trasladados para Lisboa. Pode ter sido polémico e conduzido operações condenáveis a muitos olhos, mas deixou uma marca no País e fez-nos ter a preocupação de saber se estamos atrasados ou adiantados em relação a outros países.
Deu esperança a um povo e provou que Portugal pode acompanhar a Europa, ou, mesmo, superá-la.
Marquês de Pombal, de seu nome Sebastião José de Carvalho e Melo, foi o mais notável estadista do seu tempo, não só de Portugal como provavelmente de toda a Europa. “É o homem das grandes reformas económicas e educacionais, que coloca Portugal na preparação para a modernidade. É o grande reformador”, destaca o professor universitário José Medeiros Ferreira.
Nascido no seio de uma família fidalga, em Lisboa, no ano de 1699, frequentou o 1.º ano jurídico na Universidade de Coimbra, mas, dotado de um génio versátil e um insaciável desejo de poder, acabou por abandonar os estudos e dedicar-se à carreira militar.
Nessa fase, via na força das armas uma oportunidade para se destacar e alcançar algo positivo para Portugal. No entanto, depressa se desiludiu com a obediência que tinha de prestar à hierarquia militar e acabou por pedir a demissão. Foi a ponte para se entregar à vida ociosa: dedicou-se ao estudo da história, política e legislação. O sonho de fazer algo pelo país continuava vivo.
Assim, optou pela carreira diplomática. Em 1739 partiu para Londres e ali prestou relevantes serviços, demonstrando ter energia e inteligência. Homem de uma esperteza sem fronteiras, conseguiu “arrancar” ao ministério do duque de Newcastle muitas das isenções para os negociantes portugueses em Londres, iguais às que os negociantes ingleses tinham em Lisboa.
De Londres seguiu para Viena de Aústria como embaixador de D. João V. Vivia-se a época dos despotismos iluminados. A razão, a inteligência e os conhecimentos é que davam acesso ao poder. Todas estas viagens proveitosas conferiam ao diplomata novas experiências, sabedorias e ideias que, mais tarde, o fariam brilhar em Portugal. Ele “viu o que é viver lá fora, a perspectiva europeia, mais avançada”.
Já de regresso a Lisboa, em 1750, o novíssimo rei D. José nomeia-o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra.
O cardeal de Richelieu, de França, era o ideal do Marquês, que desejava consolidar o poder régio com o objectivo de introduzir alterações profundas no Estado. Rapidamente se torna no mais influente dos Secretários de Estado e toma medidas nas mais diversas áreas, algumas de grande alcance e visão.
Sem nunca ter perdido a ligação com a Europa, faz sempre questão de se rodear dos melhores em diversas áreas, nomeadamente na educação. Foi ele quem trouxe portugueses que estudaram nas universidades estrangeiras, reformando a Universidade de Coimbra, para adaptá-la aos novos tempos.
Foi o catastrófico terramoto de 1755 que lançou definitivamente Sebastião José de Carvalho e Melo na política nacional e o fez ficar popular até aos nossos dias.
No meio da destruição, do caos e do desespero, era preciso fazer algo: agora, já, ontem. Nisso foi bom! Agiu depressa - a bem ou à força. Reconstruiu Lisboa e provou a sua visão de modernidade.
Felizmente, o rei não o amputou do poder de decidir. Sabemos hoje que sem o Marquês de Pombal não haveria a Lisboa pombalina, não haveria a Baixa, cuja largura das ruas permite que o trânsito automóvel ainda hoje flua. E no seu tempo só havia carruagens.
É considerado o homem que mais marcou Lisboa.
Com o terramoto, vem ao de cima o génio organizador e a sua assombrosa energia. Esta é a verdadeira génese do seu imenso poder. Com a introdução de novos impostos e a reconstrução da capital, a par de inúmeras iniciativas, o rei D. José dispensa-lhe confiança cega, fomentando a inveja da alta nobreza.
Contudo, também teve momentos menos populares, relacionados com a violência de algumas das suas decisões. Esse é o lado pouco conhecido do Marquês de Pombal. Ele também foi um totalitarista.
Assumiu execuções públicas, como aconteceu com os Távoras, e dirigiu radicalmente na expulsão dos Jesuítas. É esta característica, típica dos déspotas da altura, que marca a imagem do estadista e dá azo a críticas, especialmente no que se refere ao combate aos religiosos, tendo em conta que os jesuítas deixaram uma marca impressionante um pouco por todo o mundo, muito ligada à formação e educação.
Feito conde de Oeiras em 6 de Junho de 1759 e marquês dez anos depois, por relevantes serviços ao reino, já tinha grande influência junto de todas as cortes europeias.
Portugal conseguia pôr-se a par das nações mais adiantadas, a nível organizacional, administrativo e jurídico. Sempre polémico mas decisivo, intervém também na indústria e na agricultura. “Sem ele não haveria a primeira zona de vinhos demarcada do mundo”, lembra o historiador Rui Afonso, fazendo referência à Companhia dos Vinhos do Alto Douro, que produzem o afamado vinho do Porto.
Contudo, com a morte de D. José, em Fevereiro de 1777, o poder do Marquês de Pombal caminhava a passos largos para o fim. E assim, rapidamente, foi destituído e desterrado para Pombal, sendo publicamente enxovalhado. Faleceu em 1782, sem um perdão consistente da rainha.
Apenas no século XIX é reabilitada a sua memória. Os seus restos mortais foram posteriormente trasladados para Lisboa. Pode ter sido polémico e conduzido operações condenáveis a muitos olhos, mas deixou uma marca no País e fez-nos ter a preocupação de saber se estamos atrasados ou adiantados em relação a outros países.
Deu esperança a um povo e provou que Portugal pode acompanhar a Europa, ou, mesmo, superá-la.
domingo, 28 de setembro de 2008
Teste de Personalidade
Cada um dos nossos nomes tem um significado especial, do ponto de vista da numerologia.
Vamos descobrir a nossa personalidade, através dos números que estão por detrás das letras do nosso nome.
1. Escreve o teu nome na vertical, tal como está no Bilhete de Identidade.
1.1 Ao lado de cada letra, regista o algarismo correspondente, conforme a tabela seguinte:
ALGARISMOS ...1 ..2 ..3.. 4.. 5.. 6.. 7.. 8.. 9
.....................L .A ..B ..C ..D.. E.. F.. G.. H.. I
.....................E
.....................T . J ..K.. L.. M.. N.. O.. P.. Q.. R
.....................R
.....................A .S.. T.. U.. V.. W.. X.. Y.. Z
.....................S
2. Soma todos os algarismos do teu nome.
3. Se o resultado for constituído por mais de um algarismo, soma todos os dígitos até ficares apenas com um único. É esse o número da tua personalidade.
Exemplo Prático
Vamos usar para exemplo o nome Pedro Miguel Barros:
...P 7 ..M 4.. B 2 ..............................31+31+28=90
...E 5 ..I 9 ...A 1
...D 4 ..G 7 ..R 9............................... 9+0=9
...R 9 ..U 3 ..R 9
...O 6 ..E 5 ..O 6............................... Número da Personalidade = 9
+ .........L 3.. S 1
_________________
...31.. 31.. 28
Vamos descobrir a nossa personalidade, através dos números que estão por detrás das letras do nosso nome.
1. Escreve o teu nome na vertical, tal como está no Bilhete de Identidade.
1.1 Ao lado de cada letra, regista o algarismo correspondente, conforme a tabela seguinte:
ALGARISMOS ...1 ..2 ..3.. 4.. 5.. 6.. 7.. 8.. 9
.....................L .A ..B ..C ..D.. E.. F.. G.. H.. I
.....................E
.....................T . J ..K.. L.. M.. N.. O.. P.. Q.. R
.....................R
.....................A .S.. T.. U.. V.. W.. X.. Y.. Z
.....................S
2. Soma todos os algarismos do teu nome.
3. Se o resultado for constituído por mais de um algarismo, soma todos os dígitos até ficares apenas com um único. É esse o número da tua personalidade.
Exemplo Prático
Vamos usar para exemplo o nome Pedro Miguel Barros:
...P 7 ..M 4.. B 2 ..............................31+31+28=90
...E 5 ..I 9 ...A 1
...D 4 ..G 7 ..R 9............................... 9+0=9
...R 9 ..U 3 ..R 9
...O 6 ..E 5 ..O 6............................... Número da Personalidade = 9
+ .........L 3.. S 1
_________________
...31.. 31.. 28
Retrato da Personalidade
1 - Não há ninguém como tu. És um líder nato. A originalidade e a independência são dois dos teus pontos fortes. Tens a coragem de exprimir coisas novas.
2 - És amável e bondoso. As pessoas dizem que és atencioso e sensível aos sentimentos dos outros. És o melhor amigo que uma pessoa pode ter. Escrever poesia é um dom natural que tu possuis.
3 - És a alma da festa. O centro do palco é como uma segunda casa para ti. Tens um grande sentido de humor. Os teus verdadeiros talentos residem na arte e na escrita.
4 - Pode-se contar contigo para fazer o que for preciso. Trabalhas sempre com afinco para atingires os teus objectivos. O teu forte é a paciência e a auto disciplina. És muito leal com os teus amigos.
5 - És muito inteligente. As viagens a sítios longínquos interessante. És muito curioso e adoras investigar coisas novas.Um dos teus fortes é correr riscos.
6 - Tens fortes valores morais. As pessoas sabem que podem confiar em ti e que és honesto. Dás o exemplo para todos os outros. Dois dos teus pontos fortes são ajudar e cuidar dos outros.
7 - És muito esperto para a tua idade. Interessas-te em resolver mistérios. Nutres amor forte pela Natureza e pelos animais. És um pensador e gostas de passar tempo sozinho.
8 - Tens poder para ser bem sucedido e és sempre organizado. A gestão e autoridade são dois dos teus pontos fortes. Ganhar dinheiro é uma coisa que fazes naturalmente. O futuro reserva-te uma posição executiva.
9 - Os acontecimentos da actualidade interessam-te. Estás sempre a tentar ajudar toda a gente. Preocupas-te com os direitos humanos. A bondade e a compreensão são dois dos teus pontos fortes.
terça-feira, 18 de março de 2008
Dia do Pai
(O MEU) Pai é:
Perfeito
Amigo
Importantissimo
Não devia haver dia para me lembrar do meu pai, mãe, irmão ou qualquer outro amigo ou familiar...
Mas realmente há, e se há, podemos aroveitá-lo para agradecer aos nossos pais a educação que nos deram. Eu acho que não são precisos muitos presentes para o fazer.
Acho que são precisos carinhos, conversas, passeios, etc...
O dia do pai, da mãe, não deviam existir, devia existir o dia da família e dos amigos, que seria todos os dias...
FELIZ DIA DO PAI !!!
Perfeito
Amigo
Importantissimo
Não devia haver dia para me lembrar do meu pai, mãe, irmão ou qualquer outro amigo ou familiar...
Mas realmente há, e se há, podemos aroveitá-lo para agradecer aos nossos pais a educação que nos deram. Eu acho que não são precisos muitos presentes para o fazer.
Acho que são precisos carinhos, conversas, passeios, etc...
O dia do pai, da mãe, não deviam existir, devia existir o dia da família e dos amigos, que seria todos os dias...
FELIZ DIA DO PAI !!!
quarta-feira, 12 de março de 2008
21 de Março

é um grande dia,
é o Dia da Árvore,
do livro e da poesia.
Tercetes, quadras
Poesia é melodia
É ritmo cantado
É tristeza ou alegria
Os livros são amigos
e com eles aprendemos
e ficamos a saber,
as coisas que queremos.
Árvores a plantar
Não é só no dia 21
E para preservar
Lembrem-se: nem há dia nenhum!
Dinis Costa 06/2007
segunda-feira, 3 de março de 2008
História de São Jorge
História de São Jorge
No livro escutismo para rapazes, Baden Powell referiu-se aos Cavaleiros da Távola Redonda, a Lenda do Rei Artur e St. Jorge que era o seu santo protector. B.P. disse:
“São Jorge é também o patrono de todos vós, escuteiros, em qualquer lado onde estiverdes. Por isso todos vos devereis saber a sua história, pois São Jorge é um exemplo sempre vivo do que um escuteiro deve ser. Quando ele enfrentava o perigo ou situações temerosas, quanto mais difíceis elas pudessem ser, mesmo na forma de um dragão”– ele nunca as evitava ou tinha medo.
Enfrentava-as sim, com todo fervor sem procurar descanso. É esta exactamente a forma com um escuteiro deve enfrentar uma dificuldade ou um perigo, não importando o quão grande e terrífico ele possa parecer. O escuteiro deverá enfrentá-lo com confiança, usando todas as suas forças possíveis e ultrapassando-se a si próprio. Provavelmente terá sucesso”.
Dia 23 de Abril é dia de São Jorge e nesse dia , os escuteiros deverão lembrar-se da sua promessa e da lei de escuta. Não que um escuteiro a deva esquecer nos outros dias, mas o dia de São Jorge é um dia especial para reflectir sobre ela.
Pensa-se que São Jorge tenha nascido na Capadócia, Ásia Menor, e tenha vivido no tempo do Imperador Romano, Dioclétio - Filho de um homem que morreu pela Fé, fugiu com a mãe para a Palestina, onde se expôs à cultura romana. Tornou-se então um cavaleiro de elevado grau hierárquico na Legião Romana. Sob ordens do Imperador Romano, recusou-se a perseguir Cristãos, na região onde é hoje a Palestina, sendo por isso preso, torturado e decapitado a 23 de Abril de 303 a.C. Conta-se que ao ser torturado fez o sinal da cruz e todas as estátuas dos Deuses romanos caíram. A imperatriz Alexandra ao ver este milagre, decidiu converter-se sendo posteriormente morta pelo marido.
São Jorge foi canonizado em 494 a. C., pelo Papa Gelásio proclamando-o um daqueles cujo nome “será referido entre os Homens, mas cujos actos serão conhecidos apenas por Deus”.
A lenda de São Jorge é a lenda alegórica do Bem contra o Mal. O próprio nome vem do Grego e significa homem da Terra.
Conta que um dia o nobre cavaleiro São Jorge cavalgou para a cidade pagã de Silene onde é hoje a Líbia, para descobrir um povo atormentado por um dragão que se alimentava com um cidadão por dia. A próxima vitima seria Cliolinda a filha do Rei. Mas São Jorge combateu o dragão com coragem moral e física, que um escuteiro deve tentar atingir, libertando o povo do seu opressor convertendo-o ao Cristianismo.
No livro escutismo para rapazes, Baden Powell referiu-se aos Cavaleiros da Távola Redonda, a Lenda do Rei Artur e St. Jorge que era o seu santo protector. B.P. disse:
“São Jorge é também o patrono de todos vós, escuteiros, em qualquer lado onde estiverdes. Por isso todos vos devereis saber a sua história, pois São Jorge é um exemplo sempre vivo do que um escuteiro deve ser. Quando ele enfrentava o perigo ou situações temerosas, quanto mais difíceis elas pudessem ser, mesmo na forma de um dragão”– ele nunca as evitava ou tinha medo.
Enfrentava-as sim, com todo fervor sem procurar descanso. É esta exactamente a forma com um escuteiro deve enfrentar uma dificuldade ou um perigo, não importando o quão grande e terrífico ele possa parecer. O escuteiro deverá enfrentá-lo com confiança, usando todas as suas forças possíveis e ultrapassando-se a si próprio. Provavelmente terá sucesso”.
Dia 23 de Abril é dia de São Jorge e nesse dia , os escuteiros deverão lembrar-se da sua promessa e da lei de escuta. Não que um escuteiro a deva esquecer nos outros dias, mas o dia de São Jorge é um dia especial para reflectir sobre ela.
Pensa-se que São Jorge tenha nascido na Capadócia, Ásia Menor, e tenha vivido no tempo do Imperador Romano, Dioclétio - Filho de um homem que morreu pela Fé, fugiu com a mãe para a Palestina, onde se expôs à cultura romana. Tornou-se então um cavaleiro de elevado grau hierárquico na Legião Romana. Sob ordens do Imperador Romano, recusou-se a perseguir Cristãos, na região onde é hoje a Palestina, sendo por isso preso, torturado e decapitado a 23 de Abril de 303 a.C. Conta-se que ao ser torturado fez o sinal da cruz e todas as estátuas dos Deuses romanos caíram. A imperatriz Alexandra ao ver este milagre, decidiu converter-se sendo posteriormente morta pelo marido.
São Jorge foi canonizado em 494 a. C., pelo Papa Gelásio proclamando-o um daqueles cujo nome “será referido entre os Homens, mas cujos actos serão conhecidos apenas por Deus”.
A lenda de São Jorge é a lenda alegórica do Bem contra o Mal. O próprio nome vem do Grego e significa homem da Terra.
Conta que um dia o nobre cavaleiro São Jorge cavalgou para a cidade pagã de Silene onde é hoje a Líbia, para descobrir um povo atormentado por um dragão que se alimentava com um cidadão por dia. A próxima vitima seria Cliolinda a filha do Rei. Mas São Jorge combateu o dragão com coragem moral e física, que um escuteiro deve tentar atingir, libertando o povo do seu opressor convertendo-o ao Cristianismo.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Pão
A ORIGEM DO PÃO
O trigo é geralmente semeado nos primeiros dias do mês de Novembro, nos campos, previamente lavrados.
Neste período o calor da terra é suficiente para fazer inchar a semente e para fazer do seu interior, logo que esta abra, uma pequena raiz.
Seguidamente, começam a aparecer no terreno, pequenas folhinhas verdes, as quais recobrem toda a superfície do campo.
Com a chegada dos primeiros frios, estas pequenas folhinhas param de crescer.
Muitas pessoas acreditam que a neve prejudica a planta do trigo, mas pelo contrário, e os camponeses sabem-no bem, e a própria neve que protege o trigo, dos rigores do Inverno.
Mais tarde, com a chegada da Primavera, as pequeninas plantas começam de novo a crescer e, no cimo dos seus caules, surgem as primeiras espigas.
A estas espigas dá-se o nome de florescências, o que significa que, cada pequena espiga é composta de muitas e pequeninas flores sem corola, sem néctar, sem pétalas e sem perfume.
Em poucos dias a florescência está concluída e a espiga fica repleta de pequenos frutos verdes os quais vêem substituir as flores já caídas.
O fruto do trigo chama-se grão, é pequeno, de forma oval, com uma fenda no sentido do comprimento e recoberto por uma casca dura.
No interior da casca, encontra-se o amido e o glúten.
Estas substâncias são muito nutritivas e, além de serem preciosas para o homem, dão a necessária força à planta, para que ela cresça.
Finalmente, durante os meses de Junho e Julho, procede-se à ceifa, seguida da debulha, ou seja: á operação de cortar o trigo e separá-lo da espiga.
Logo que estas duas operações estão realizadas, o grão vai para o moinho e as espigas, transformadas em palha, são armazenadas nos celeiros, para servirem de alimentação ao gado, durante os meses frios de Inverno.
Dos grãos de trigo, uma vez esmagados pela pesada nó do moinho, extrai-se a farinha, que serve para fazer pão, massas alimentícias, biscoitos e doces.
Para fazer o pão, usa-se o grão tenro, muito rico em amido.
Para fazer as massas, o grão rijo, o qual é muito rico em glúten.
O pão é um alimento que resulta do cozimento de uma massa feita com farinha de certos cereais, principalmente trigo, água e sal.
Seu uso na alimentação humana é antiquíssimo.
Pelas informações que se têm, a história mais remota do pão se origina em milhares de anos a.C., quando era feito com glandes de carvalho e faia trituradas, sendo depois lavado com água fervente para tirar o amargor.
Em seguida, essa massa secava-se ao sol, e se faziam broas com farinha.
Conta ainda a história que, antes de servirem para fazer pão, as farinhas, de diversos cereais, eram usadas em sopas e mingaus.
Posteriormente se passou a misturar nas farinhas mel, azeite doce, mosto de uva, tâmaras esmagadas, ovos e carne moída, formando-se espécie de bolos, que teriam precedido o pão propriamente dito.
Esses bolos eram cozidos sobre pedras quentes ou sob cinzas.
Os primeiros pães também foram assados sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas, datando, ao que consta, do VII milênio a.C. a utilização de fornos de barro para cozimento de pães.
Foram os egípcios os primeiros que usaram os fornos, sendo atribuída a eles também a descoberta do acréscimo de líquido fermentado à massa do pão para torná-la leve e macia.
No Egito, o pão era o alimento básico.
Segundo Heródoto, era amassado com os pés, e normalmente feito de cevada ou espelta, espécies de trigo de qualidade inferior.
Os pães preparados com trigo de qualidade superior eram destinados apenas aos ricos.
Com o pão no Egito também se pagavam salários: um dia de trabalho valia três pães e dois cântaros de cerveja.
Os judeus também fabricavam seus pães na mesma época, porém não utilizavam fermentos por acreditarem que a fermentação era uma forma de putrefação e impureza.
A Jeová só ofereciam pão ázimo, sem fermento, o único que consomem até hoje na Páscoa.
Na Europa o pão chegou através dos gregos.
O pão romano era feito em casa, pelas mulheres, tendo passado, posteriormente, a ser fabricado em padarias públicas, surgindo, então, os primeiros padeiros.
Isto teria acontecido, segundo o filósofo romano Plínio, o Antigo, depois da conquista da Macedônia, em 168 a.C. Na Antiguidade, os deuses - e os mortos - egípcios, gregos e romanos eram honrados com oferendas de animais, flores em massa de pão. Era comum, ainda, entre egípcios e romanos, a distribuição de pães aos soldados, como complemento do soldo, tendo perdurado este costume na Idade Média.
O PÃO NA IDADE MÉDIA
Com a queda do Império Romano e da organização por ele imposta ao mundo, as padarias européias desapareceram, retornando o fabrico doméstico do pão na maior parte da Europa. O senhor feudal permitia apenas o uso do moinho e dos fornos.
Voltou a se consumir, pela comodidade no fabrico, o pão ázimo, sem fermento e achatado, que acompanhava outros alimentos, como a carne e sopas.
Nessa época, somente os castelos e conventos possuíam padarias.
Os métodos de fabrico de pães eram incipientes e, apesar das limitações na produção, as corporações de padeiros já tinham alguma força. No século XVII, a França se tornou o centro de fabricação de pães de luxo, com a introdução dos modernos processos de panificação, apesar de desde o século XII já ser habitual o consumo de mais de vinte variedades de pães naquele país. Depois, a primazia no fabrico de pão passou a Viena, Áustria.
A invenção de novos processos de moagem da farinha contribuiu muito para a indústria de panificação.
Os grãos de trigo, inicialmente, eram triturados em moinhos de pedra manuais, que evoluíram para o de pedra movido por animais e depois para os movidos pela água e, finalmente, pelos moinhos de vento. Apenas em 1784 apareceram os moinhos movidos a vapor. Em 1881 ocorre a invenção dos cilindros, que muito aprimorou a produção de pães.
HISTÓRIA DO SANDUÍCHE
Uma das maiores invenções da humanidade não foi a roda, o avião ou o raio laser, mas o sanduíche. Ele nasceu quando o quarto Conde de Sandwittch, ainda no século XVIII, em vez de enfrentar a preguiça de um jantar formal, ordenou a seu criado que fizesse "qualquer coisa" simples e rápida. Ele queria matar a fome sem abandonar o que estava fazendo - dizem que jogava cartas.
Quase em pânico, o criado apanhou duas fatias de pão e enfiou entre elas um naco de presunto. O Conde nunca mais jantou - só comeu sanduíches.
De lá para cá, as pessoas ficaram muito mais ocupadas que o nobre inglês e a criação do criado virou mania universal. Atraente pelo visual, simples, o sanduíche viu passar dois séculos incorporando à sua fórmula básica tudo o que se possa imaginar de comestível.
Até que, neste final de século, um fanático exagerado não se sabe bem onde executou a maior das variações em torno da obra do Conde e seu criado: o sanduíche de metro.
Um sanduíche de metro não é coisa para poucas bocas. É para seduzir, impressionar, divertir - ou seja, tudo que se espera de um ilustre convidado de uma festa... informal.
Assim é porque ele permanece simples e rápido, tal qual desejado o velho Conde.
Por esses atributos, atrai muito os jovens ou pessoas de espírito jovem, extrovertidas. Além disso, por sua própria natureza, requer senso de grupo, o dosar, o repartir, impõe o solidário, em vez do solitário.
As grandiosas proporções dessa reinvenção - onde quer que tenha sido criada - e todas as demais exigências que cercam sua feitura parecem indicá-la, sob medida, para a padaria brasileira. Enfim, só a padaria pode dar ao sanduíche de metro suas condições essenciais: o frescor, a sensação de produto artesanal, exclusivo, feito segundo a escolha pessoal do cliente.
O PÃO E A RELIGIÃO
O pão permeia toda a história do Homem, principalmente pelo seu lado religioso. É o símbolo da vida, alimento do corpo e da alma, símbolo da partilha. Ele foi sublimado na multiplicação dos pães, na Santa Ceia, e até hoje, simboliza a fé, na missa católica - a hóstia - , representando o corpo de Cristo.
Há os famosos pãezinhos de Santo Antônio, que ainda hoje são distribuídos aos pobres em várias igrejas no dia desse santo, 13 de junho, para serem guardados em latas.
Acredita-se que o que estiver junto com esse pãozinho não faltará durante aquele ano.
Esse costume português chegou até nós através dos jesuítas, é de Portugal também a história de Santa Isabel, padroeira dos panificadores.
Conta-se que, no ano de 1333, em Portugal, houve uma fome terrível durante a qual nem os ricos eram poupados. Reinava, então, D. Diniz, casado com D. Isabel, una rainha cheia de virtudes. Para aliviar a situação de fome, ela empenhou suas jóias e mandou vir trigo de lugares distantes para abastecer o celeiro real, e assim manter seu costume de distribuir pão aos pobres durante as crises.
Num desses dias de distribuição, apareceu inesperadamente o rei. Temendo a censura, ela escondeu os pães no regaço. O rei percebeu o gesto e perguntou surpreso:
- Que tendes em seu regaço?
A rainha, erguendo o pensamento ao Senhor, disse em voz trémula:
- São rosas, senhor.
O rei replicou:
- Rosas em janeiro? Deixai que as veja e aspire seu perfume.
A rainha Isabel abriu os braços e no chão, para pasmo geral, caíram rosas frescas, perfumadas, as mais belas até então vistas.
O rei Diniz não se conteve e beijou as mãos da esposa, retirando-se enquanto os pobres gritavam: "Milagre, Milagre!"
O dia da Santa Isabel é comemorado em 8 de Julho.
O trigo é geralmente semeado nos primeiros dias do mês de Novembro, nos campos, previamente lavrados.
Neste período o calor da terra é suficiente para fazer inchar a semente e para fazer do seu interior, logo que esta abra, uma pequena raiz.
Seguidamente, começam a aparecer no terreno, pequenas folhinhas verdes, as quais recobrem toda a superfície do campo.
Com a chegada dos primeiros frios, estas pequenas folhinhas param de crescer.
Muitas pessoas acreditam que a neve prejudica a planta do trigo, mas pelo contrário, e os camponeses sabem-no bem, e a própria neve que protege o trigo, dos rigores do Inverno.
Mais tarde, com a chegada da Primavera, as pequeninas plantas começam de novo a crescer e, no cimo dos seus caules, surgem as primeiras espigas.
A estas espigas dá-se o nome de florescências, o que significa que, cada pequena espiga é composta de muitas e pequeninas flores sem corola, sem néctar, sem pétalas e sem perfume.
Em poucos dias a florescência está concluída e a espiga fica repleta de pequenos frutos verdes os quais vêem substituir as flores já caídas.
O fruto do trigo chama-se grão, é pequeno, de forma oval, com uma fenda no sentido do comprimento e recoberto por uma casca dura.
No interior da casca, encontra-se o amido e o glúten.
Estas substâncias são muito nutritivas e, além de serem preciosas para o homem, dão a necessária força à planta, para que ela cresça.
Finalmente, durante os meses de Junho e Julho, procede-se à ceifa, seguida da debulha, ou seja: á operação de cortar o trigo e separá-lo da espiga.
Logo que estas duas operações estão realizadas, o grão vai para o moinho e as espigas, transformadas em palha, são armazenadas nos celeiros, para servirem de alimentação ao gado, durante os meses frios de Inverno.
Dos grãos de trigo, uma vez esmagados pela pesada nó do moinho, extrai-se a farinha, que serve para fazer pão, massas alimentícias, biscoitos e doces.
Para fazer o pão, usa-se o grão tenro, muito rico em amido.
Para fazer as massas, o grão rijo, o qual é muito rico em glúten.
O pão é um alimento que resulta do cozimento de uma massa feita com farinha de certos cereais, principalmente trigo, água e sal.
Seu uso na alimentação humana é antiquíssimo.
Pelas informações que se têm, a história mais remota do pão se origina em milhares de anos a.C., quando era feito com glandes de carvalho e faia trituradas, sendo depois lavado com água fervente para tirar o amargor.
Em seguida, essa massa secava-se ao sol, e se faziam broas com farinha.
Conta ainda a história que, antes de servirem para fazer pão, as farinhas, de diversos cereais, eram usadas em sopas e mingaus.
Posteriormente se passou a misturar nas farinhas mel, azeite doce, mosto de uva, tâmaras esmagadas, ovos e carne moída, formando-se espécie de bolos, que teriam precedido o pão propriamente dito.
Esses bolos eram cozidos sobre pedras quentes ou sob cinzas.
Os primeiros pães também foram assados sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas, datando, ao que consta, do VII milênio a.C. a utilização de fornos de barro para cozimento de pães.
Foram os egípcios os primeiros que usaram os fornos, sendo atribuída a eles também a descoberta do acréscimo de líquido fermentado à massa do pão para torná-la leve e macia.
No Egito, o pão era o alimento básico.
Segundo Heródoto, era amassado com os pés, e normalmente feito de cevada ou espelta, espécies de trigo de qualidade inferior.
Os pães preparados com trigo de qualidade superior eram destinados apenas aos ricos.
Com o pão no Egito também se pagavam salários: um dia de trabalho valia três pães e dois cântaros de cerveja.
Os judeus também fabricavam seus pães na mesma época, porém não utilizavam fermentos por acreditarem que a fermentação era uma forma de putrefação e impureza.
A Jeová só ofereciam pão ázimo, sem fermento, o único que consomem até hoje na Páscoa.
Na Europa o pão chegou através dos gregos.
O pão romano era feito em casa, pelas mulheres, tendo passado, posteriormente, a ser fabricado em padarias públicas, surgindo, então, os primeiros padeiros.
Isto teria acontecido, segundo o filósofo romano Plínio, o Antigo, depois da conquista da Macedônia, em 168 a.C. Na Antiguidade, os deuses - e os mortos - egípcios, gregos e romanos eram honrados com oferendas de animais, flores em massa de pão. Era comum, ainda, entre egípcios e romanos, a distribuição de pães aos soldados, como complemento do soldo, tendo perdurado este costume na Idade Média.
O PÃO NA IDADE MÉDIA
Com a queda do Império Romano e da organização por ele imposta ao mundo, as padarias européias desapareceram, retornando o fabrico doméstico do pão na maior parte da Europa. O senhor feudal permitia apenas o uso do moinho e dos fornos.
Voltou a se consumir, pela comodidade no fabrico, o pão ázimo, sem fermento e achatado, que acompanhava outros alimentos, como a carne e sopas.
Nessa época, somente os castelos e conventos possuíam padarias.
Os métodos de fabrico de pães eram incipientes e, apesar das limitações na produção, as corporações de padeiros já tinham alguma força. No século XVII, a França se tornou o centro de fabricação de pães de luxo, com a introdução dos modernos processos de panificação, apesar de desde o século XII já ser habitual o consumo de mais de vinte variedades de pães naquele país. Depois, a primazia no fabrico de pão passou a Viena, Áustria.
A invenção de novos processos de moagem da farinha contribuiu muito para a indústria de panificação.
Os grãos de trigo, inicialmente, eram triturados em moinhos de pedra manuais, que evoluíram para o de pedra movido por animais e depois para os movidos pela água e, finalmente, pelos moinhos de vento. Apenas em 1784 apareceram os moinhos movidos a vapor. Em 1881 ocorre a invenção dos cilindros, que muito aprimorou a produção de pães.
HISTÓRIA DO SANDUÍCHE
Uma das maiores invenções da humanidade não foi a roda, o avião ou o raio laser, mas o sanduíche. Ele nasceu quando o quarto Conde de Sandwittch, ainda no século XVIII, em vez de enfrentar a preguiça de um jantar formal, ordenou a seu criado que fizesse "qualquer coisa" simples e rápida. Ele queria matar a fome sem abandonar o que estava fazendo - dizem que jogava cartas.
Quase em pânico, o criado apanhou duas fatias de pão e enfiou entre elas um naco de presunto. O Conde nunca mais jantou - só comeu sanduíches.
De lá para cá, as pessoas ficaram muito mais ocupadas que o nobre inglês e a criação do criado virou mania universal. Atraente pelo visual, simples, o sanduíche viu passar dois séculos incorporando à sua fórmula básica tudo o que se possa imaginar de comestível.
Até que, neste final de século, um fanático exagerado não se sabe bem onde executou a maior das variações em torno da obra do Conde e seu criado: o sanduíche de metro.
Um sanduíche de metro não é coisa para poucas bocas. É para seduzir, impressionar, divertir - ou seja, tudo que se espera de um ilustre convidado de uma festa... informal.
Assim é porque ele permanece simples e rápido, tal qual desejado o velho Conde.
Por esses atributos, atrai muito os jovens ou pessoas de espírito jovem, extrovertidas. Além disso, por sua própria natureza, requer senso de grupo, o dosar, o repartir, impõe o solidário, em vez do solitário.
As grandiosas proporções dessa reinvenção - onde quer que tenha sido criada - e todas as demais exigências que cercam sua feitura parecem indicá-la, sob medida, para a padaria brasileira. Enfim, só a padaria pode dar ao sanduíche de metro suas condições essenciais: o frescor, a sensação de produto artesanal, exclusivo, feito segundo a escolha pessoal do cliente.
O PÃO E A RELIGIÃO
O pão permeia toda a história do Homem, principalmente pelo seu lado religioso. É o símbolo da vida, alimento do corpo e da alma, símbolo da partilha. Ele foi sublimado na multiplicação dos pães, na Santa Ceia, e até hoje, simboliza a fé, na missa católica - a hóstia - , representando o corpo de Cristo.
Há os famosos pãezinhos de Santo Antônio, que ainda hoje são distribuídos aos pobres em várias igrejas no dia desse santo, 13 de junho, para serem guardados em latas.
Acredita-se que o que estiver junto com esse pãozinho não faltará durante aquele ano.
Esse costume português chegou até nós através dos jesuítas, é de Portugal também a história de Santa Isabel, padroeira dos panificadores.
Conta-se que, no ano de 1333, em Portugal, houve uma fome terrível durante a qual nem os ricos eram poupados. Reinava, então, D. Diniz, casado com D. Isabel, una rainha cheia de virtudes. Para aliviar a situação de fome, ela empenhou suas jóias e mandou vir trigo de lugares distantes para abastecer o celeiro real, e assim manter seu costume de distribuir pão aos pobres durante as crises.
Num desses dias de distribuição, apareceu inesperadamente o rei. Temendo a censura, ela escondeu os pães no regaço. O rei percebeu o gesto e perguntou surpreso:
- Que tendes em seu regaço?
A rainha, erguendo o pensamento ao Senhor, disse em voz trémula:
- São rosas, senhor.
O rei replicou:
- Rosas em janeiro? Deixai que as veja e aspire seu perfume.
A rainha Isabel abriu os braços e no chão, para pasmo geral, caíram rosas frescas, perfumadas, as mais belas até então vistas.
O rei Diniz não se conteve e beijou as mãos da esposa, retirando-se enquanto os pobres gritavam: "Milagre, Milagre!"
O dia da Santa Isabel é comemorado em 8 de Julho.
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